segunda-feira, 23 de março de 2015

Direto do Túnel do Tempo, Notre Dame.



Então senhores, Notre Dame é um eurogame típico criado por Stefan Feld, que já tem seus oito anos (2007), e  fazia uns três anos que estava na prateleira aqui sem ver mesa. Mas é um bom jogo, então vai ficar na minha coleção.


Idade Média, peste Negra, tema colado, poderia ser qualquer assunto, o jogo tem sua mecânica baseada em cartas, com as quais escolhe as ações a fazer. A cada rodada um grupo de personagens é aberto e disponibilizado para ser "subornado" e assim usar o poder atribuído a carta. As demais cartas entram no jogo a partir do deck do jogador, ao sacar três entre as nove cartas disponíveis, escolher entre elas uma e passar duas ao jogador a sua esquerda, que por sua vez escolhe uma e passa a última para o jogador seguinte.

Em primeiro plano a escala de Ratos.

Desta forma assim que todos os jogadores distribuírem três cartas, todos vão terminar a fase com três cartas, mas duas de forma aleatória, sem saber o que vai ser possível fazer exatamente. Esta situação confere ao Notre Dame, um certo caos,  do qual o jogador deverá saber tirar o melhor proveito.

Então...ao escolher uma das três cartas e executar a ação de imediato, que consiste em colocar influência ( representado por cubos de madeira de sua cor), em uma dos espaços do tabuleiro, ou melhor no espaço possibilitado pela carta que foi jogada. Desta forma é possível obter influência, dinheiro, mover a carruagem, combater a peste, obter pontos de prestígio (traduzido para pontos de vitória ), doar dinheiro a Notre Dame em troca de pontos. É gerenciamento, mas o limite das possibilidades de jogadas, o caos do imprevisto, é estabelecido pelas cartas que tem na mão.

Ao fundo descarte das cartas de ações dos jogadores.

As cartas de personagens abertas ao iniciar a rodada, também servem para estabelecer  a multiplicação de ratos, desta forma elevando o risco da peste negra, pois sobre o tabuleiro do jogador existe a escala da peste, que ao ultrapassar nove( máximo da escala) faz o jogador perder influência e pontos de prestígio, isto sempre que o valor máximo for ultrapassado.
Existem formas de combater a praga, usando o hospital, praça, ou personagens. Reside ai as necessárias adaptações, que o jogador deve conseguir fazer para sobrepujar o risco da peste, enquanto corre atrás dos pontos de prestígio, e não é  raro o jogador se ver na contingência de tentar conter a praga e deixar os pontos de lado.

O jogo termina assim que nove rodadas forem jogadas, sendo o tempo controlado pelas cartas das fases A/B/C ( verso das cartas, três em cada fase). Vence quem obter mais pontos de prestígio.

Notre Dame é um jogo bacana, justo pelo mecanismo de cartas, o caos e a interferência que jogadores atentos podem tentar estabelecer ao passar cartas para o jogador oponente. Claro que mesmo isso pode não ser fácil, pois a maior preocupação é como melhor usar as duas cartas que poderá usar a cada rodada.

Muita gente acredito não conhecer o jogo, ainda porque foi sacado do Túnel do Tempo (lá do ano de  2007), mas tenha certeza, Notre Dame é um jogo  bacana e agradável, roda fácil, e salvo alguns poucos pontos das regras, como a distribuição de cartas e o uso de Notre Dame (que vai exigir um pouco mais de atenção) é fácil de ser explicado e entendido.

Fica a dica e recomendação.

Abraço!


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